quinta-feira, 10 de agosto de 2006

Eu fiz alguma coisa para vocês?

Não sei por que diabos, mas todo mundo anda monossilábico comigo. Não sei se é carência minha, ou se é realidade, ás vezes tenho uns distúrbios emocionais meio loucos, mas isso já vem acontecendo há algum tempo.

Sei lá, acho que algumas pessoas que antes gostavam de mim, hoje não gostam mais, ou talvez tenham encontrado amizades mais interessantes e mais engraçadas que a minha.

Eu nunca fui o amigo mais querido dos grupos que participei, nunca fui integrante das panelas, sempre quis fazer de um pouco tudo, e acabei de ter de um tudo nada. Está estranho? Calma.

Eu sempre quis fazer muitas coisas, assim, nunca tive um contato muito intenso com as pessoas. Mas, e daí? E daí, cara pálida, que assim eu não me “fortalecia” dentro de grupos. Quando você não está fortalecido dentro de um grupo de amigos, na primeira bosta que acontece, e alguém tem que se foder, ou ficar de fora, é você que roda. A corda rompe no lado mais fraco.

Até ai eu agüentava. Eu sempre tive uma pessoa que era uma grande amiga, e me dava um puta suporte. Só que a vida dá voltas, e as pessoas vão embora. Indo embora, fica a lacuna, e quando você dá por si, pessoas não são substituíveis.

Pessoas não são substituíveis, mas quando uma pessoa importante deixa de fazer parte da sua vida, outra pessoa pode passar a ter uma função equivalente, e outra importância, não é uma substituição, é uma adaptação. Imagine, guria, a sua melhor amiga confidente. Imagine que ela acabou de se mudar para o Zimbábue. Bem, ninguém poderá substituí-la na sua vida, mas com o passar do tempo você pode acabar com outra amiga confidente.

É mais ou menos isso. Aquela pessoa que tinha uma puta amizade, vai embora, e não tenho mais putas amizades. Fica aquele silêncio.

Na desgraça do MSN eu tenho mais de 250 contatos, não que isso signifique alguma coisa. Desses 250 infelizes, uns 40 estão on-line neste momento. Nenhum fala comigo. Bizarro? Hiper-bizarro.

Eu tenho a mania de esperar muito das pessoas. Por isso me decepciono demais. Ultimamente só levo patada, não que isso interesse, mas isso tem contribuído para um desgaste meu.

Vários problemas em casa, eu penso em sair da faculdade, pois pagar a mensalidade não basta, tem livro, tem apostila, depois trabalho, isso sem falar transporte, alimentação e todo o resto. Porra, falta dinheiro para pagar o plano de saúde dos meus avôs e eu vou comprar livro? Eu me sinto o maior filho da puta desse planeta.

Eu estava muito animado com esse semestre. Animado a estudar, a trabalhar, me empenhar mais do que já havia. Agora, o mundo pensa que eu faço porra nenhuma da vida, já que tudo o que eu faço não gera lucro. Bem, escrever para as pessoas é trabalho de vagabundo, por isso, por todo canto ouço um vai arranjar o que fazer, o que é uma puta ofensa.

Pra melhorar o meu estigma de desanimo, cresce por ai um sentimento anti-rhediano. Amigos que antes conversavam comigo, hoje não conversam mais, pessoas a quem eu tenho grande estima, hoje nem olham na minha cara, outras a quem eu aprendi a gostar, me desprezam, outras me apunhalam pelas costas, e nesse turbilhão que envolve minha cabeça, não há uma mão para eu me apoiar.

Quer saber? Quem mandou nascer, bastardo.

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