sábado, 28 de outubro de 2006

Estagiário da Globo também é problemático


Hoje eu recebi um estranho e-mail da Globo.com com esses dizeres a cima.

Os caras brisaram e acharam que era o meu aniversário. Acontece que ainda falta um mês para essa data infeliz, e ter me lembrado disso não foi algo muito legal.

Eu não sei o que é pior: Esquecer o aniversário de alguém, ou dar os parabéns no dia errado... =P

Será que os caras me confundiram com o Taotao?

quinta-feira, 26 de outubro de 2006

Parabéns Taotao!


Taotao fez aniversário hoje, 34 anos.

Ele é, simplesmente, o panda mais velho da China. Daí você pensa: a China tem mais de 1 bilhão de pessoas, mas, mesmo assim, ainda sim há pandas lá. Então, Pandas são fodas, sobreviveram aos seres humanos. Olha que nem Deus conseguiu isso. Já que, quando ele veio aqui, confundiram-No com um enfeite e pregaram-No.

Pandas podem até correr risco de extinção, mas como você pode ver pela foto, já começam até a diversificar o cardápio, medida de sobrevivência, já que depender de bambu deve ser tenso...

sábado, 14 de outubro de 2006

Calmaria

Sim, eu me empolguei e voltei a fazer música.
Foderam-se!

quinta-feira, 12 de outubro de 2006

Hipocrisia

Hoje recomeçou o horário político, e já tivemos baixaria. (Perdoem à redundância).

Lula em seu programa de hoje afirmou que não partirá para ofensas pessoais, mas em toda sua fala praticou afirmações atacando o candidato do PSDB.

Logo depois, quando entraram em cena os peões que falam e atacam o adversário para que o adversário não seja ligado à ofensa, começaram os ataques ao governo anterior com os números suspeitos do PT.

Engraçado é que há quem acredita no que o Barbudinho-mor fala.

Barbudinho afirmou no debate que investiu 14 vezes mais em saneamento básico que o governo anterior. Investiu mesmo Lula?

Primeira parte

Segunda parte

sábado, 7 de outubro de 2006

Nada está em seu lugar.

Há algum tempo escrevi “A falta”. É um poema-canção triste, desiludido, mas até hoje ninguém entendeu.

Hoje eu fui ao Jardim Fontális, para participar do Mackenzie Voluntário, e vi em cada esquina, em cada criança, no esgoto a céu aberto, na feira desorganizada, no desastre do espaço público, na má conservação das ruas, na fragilidade das pessoas que habitam naquele bairro, enfim, na mazela que certa a vida daquelas estavam expressas cada linha do poema.


Um Passo Errado,

Sabor amargo,

É Tão Frio,

Tão Vazio,

Onde Está Você?

Sinto a Falta.

Por que não vem?

Foi-se todo um dia.

Nada está em seu lugar,

Onde encontrar a resposta pro interrogador?

A sua ausência está a me castigar,

Sinto a falta do seu calor,

Hoje a noite está tão fria,

O vazio estanca a alegria,

Sem você não há mais vida

.

Na vida, certas coisas começam de maneira errada e damos continuidade a essas coisas, de maneira não adequada, justificando atos errôneos nas falhas passadas. Pouco importa que o governo anterior fez ou não, o atual tem que fazer. Falta escola? Construa. Ruas esburacadas, de barro e terra? Asfalte. Faltam professores? Contrate.

O que não podemos é deixar passar o dia sem tentar remediar as máculas sofridas por nosso organismo neste dia. Os males se acumulam, e por mais fortes que possamos ser, chega um momento que é insuportável, tudo vira um caos.

Sempre haverá filhos sem mães, tristeza e dor, mas enquanto formos indiferentes a isso, tudo continuará, e pior, se multiplicará.

No inverno, doe agasalhos. Participe de campanhas de distribuição de alimentos. Inscreva-se numa ONG que realize trabalhos em regiões de grande carência, na área que você melhor puder ajudar. Gente precisando da sua mão estendida é o que não falta.

Lágrima ao vento,

Um instante,

Último momento,

Aquele seu sorriso,

Hoje é meu ferimento,

Aguardo o que não volta,

No silêncio exorta,

Tornar-se-á alegria.

Você não sabe como o seu conforto, a sua vida, suas poses, sua familia são invejados por todos aqueles que não podem gozar das possibilidades que você, caro leitor, pode. Não é aquela inveja sangrenta, maldosa, mas aquele sentimento de que faria de um tudo para ter tudo o que nunca tiveram. Aquele seu sorriso é tudo que alguém jamais poderá ter, então, meu amigo, valorize-o.

As pessoas passam

Sem se importar,

Olham, mas não vêem,

Vão a ignorar

As próprias mazelas,

Não encaram suas falhas,

Escondem suas lágrimas,

Vivem todas em farsas

Fingindo ser o que jamais serão.

Quantas vezes você não parou no farol vermelho, um guri bateu a sua janela e você o ignorou? As pessoas passam, vão sem se importar, afinal, não são elas que passam fome, frio, que apanham de seus pais se não conseguem o dinheiro para bancar a bebedeira.

Fingimos estar numa sociedade perfeita, onde vivemos bem, felizes. Mas nos prendemos em nossas casas, andamos trancafiados em nossos carros, não olhamos para a pessoa que está ao lado.

Tudo isso é fruto da mazela que somos como cidadãos. Esquecemos que, para que todos passam ter direitos, nós todos temos que cumprir com todas as nossas obrigações. Tente olhar nos olhos de um pequeno guri que passa fome e que lhe implora socorro. Tente esconder as suas lágrimas olhando nos olhos. Não dá. Então você ignora. Assim, a lágrima não vem, o farol fica verde, e você segue como se aquele frágil, magricelo pequeno não tivesse existido.

A dor dos fracos é fruto da nossa falha como sociedade.

Não há mais campos, nem flores,

Crianças choram sem suas mães,

Só se vê guerra, fome e dor.

Todos os dias somos vítimas de nosso próprio exterminador.

Por meros trocados vendemos vidas,

Cultivando velhas feridas,

A sua falta se torna a maior dor,

Paz que foi embora e nunca mais voltou.

A esperança, os jovens engajados por uma sociedade melhor, morreu. Hoje, é tudo festa, bebedeira, o mundo que uns vivem é totalmente diferente do real.

Lá fora as lágrimas caem, e nos botecos em torno das universidades mais conceituadas do país rolam mil gargalhadas. Chega a ser ofensivo.

Todos os mecanismos que criamos durante toda nossa história para regenerar serviram para o oposto, colocamos aos olhos um venda, e descarregamos o pente do revolver ao pé.

Febem só formou marginal. Instituições de ensino ruíram. Prisões se tornaram workshops do crime. A Religião não tem mais significado para as pessoas. A Política não atraí, pelo contrário, causa ânsia.

A vida se tornou algo tão barato que uma morte para se tornar notícia tem que ser trágica, cômica, ou acompanhada de um número chocante. Mais de uma centena pode morrer, o que mais interessa é como explorar esse desastre, por quanto tempo isto será interessante para a sociedade?

Quantas pessoas são mortas, todos os dias, por causa de alguns trocados, ou por não terem esses trocados? Pessoas morrem diariamente, e é tão comum que não choca. Você não liga, não sabe, e se divulgassem, você não se interessaria, afinal, a vida segue, não foi você, foi um outro qualquer, pra que se importar se você continua de pé?

Nada está em seu lugar

Onde encontrar a resposta pro interrogador,

A sua ausência está a me castigar,

Sinto a falta do seu calor,

Hoje a noite está tão fria,

O vazio estanca a alegria,

Sem você não há mais vida

Paz que foi embora e nunca mais voltou.

O mundo está de ponta cabeça. Desigualdade, doenças, fome.

Nós conhecemos os problemas existentes, mas não nos preocupamos com suas causas, seus efeitos, e em encontrar, para estes, soluções.

Podemos até ignorar nossas mazelas, mas essa paz que nos falta afeta a todos, ricos ou pobres, ateus, crentes, ou o raio que o parta.

Estamos todos mais frios, as piores tragédias acontecem, mas já estamos tão acostumados a assistirmos a tragédias diárias que ficamos anestesiados. Pessoas morrem. Pessoas passam fome. Pessoas adocem de doenças que já têm cura. Pessoas padecem por falta de conhecimento. Pessoas, que poderíamos salvar, sofrem. Mas não ligamos para nada disso. Nosso cotidiano não pode ser interrompido.

Por mais que nos enganemos, enquanto não resolvermos o caos que nos cerca, nunca haverá tranqüilidade, nunca será possível viver. Não haverá dignidade, não haverá segurança. Não haverá sorriso sincero.

Hoje eu vi que a paz nunca mais voltou, e que não voltará. Ao ver a alegria do guri, de pouco mais de 6 anos, ao ver que enrolava tiras de jornal para que ele colasse num copo plástico para fazer um simples porta-lápis foi destruidor.

O guri lotou meus olhos d´água, aquele sorriso inocente, sincero, satisfeito e banguela me desdobrou. A gratidão dele por algo tão singelo me desconcertou, encheu-me de esperança e, ao mesmo tempo, de dor. Queria poder fazer bem mais que enrolar um papelzinho, já que aquele guri fez por mim algo de um preço incalculável. Mostrou que toda a mazela pode ser superada com um ato singelo e com um sorriso.

Se puder, ajude, não deixe que pequenos guris como este não possam dar nem ao menos um sorriso, nem que seja, pelo menos, com um punhado de papel enrolado envolvendo um copo plástico grudando-os com cola.

quinta-feira, 5 de outubro de 2006

Descoberta

Hoje, eu descobri que sou muito egoísta. Descobri que sou muito possessivo. Descobri que as pessoas se cansam de mim. Descobri que me cansei de mim. Descobri que meu egocentrismo é irritante.

Descobri, também, que vocês me odeiam muito por tudo isso. Não os condeno por isso. Até os admiro.

segunda-feira, 2 de outubro de 2006

Desabafo 5.371

Eu queria escrever um bom texto hoje, mas não tenho inspiração ou motivação para escrever. Estou meio ácido, chateado, desesperançoso.

Não por causa da política, estou muito animado com o segundo turno, confiante na virada do Geraldo, para o bem do país, mas sim pela minha vida emocional. É um caos. Eu não quero que aconteça, e agora que encontrei motivos para que não seja, não será!

Mas diz isso para o coração.