segunda-feira, 30 de abril de 2007

Democracia

Naquilo que pode ser entendido como um renascer da democracia, na França, com um comparecimento recorde no primeiro turno das eleições para a presidência. 73,87% dos franceses foram às urnas. Para ter noção do que isso representa, 58,5% havia comparecido na última eleição.

Imagino qual seria o comparecimento às urnas caso as eleições no Brasil também fossem com voto facultativo, pois com o voto obrigatório, tivemos um comparecimento de 83,3% no primeiro turno.

Isso quer dizer que dos 125.913.134 de eleitores aptos a votarem à presidência da república, 21.092.675 resolveram não votar. Isso ai, 21 milhões não votaram no primeiro turno, mesmo que obrigadas a fazê-lo.

Acontece que no segundo turno a coisa piorou. Mais três milhões de pessoas decidiram não votar. Isso ai, 24 milhões de pessoas não foram votar no segundo turno das últimas eleições.

Somos um país bem mais populoso que a França. Porém, o feito de 73,87% da população francesa ter decidido votar é extraordinário.

Comprando ao exemplo da nossa democracia que sempre foi às avessas, que foi implantada, nem que para isto fosse necessário prender, bater, espancar e matar. Pela democracia onde somos obrigados a votar, que obriga a manifestação daquele que está completamente desinteressado. Não se pode obrigar a participar.

Precisamos de uma reforma. Precisamos de honestidade para nós mesmos, para que o que assuste não seja a abstenção proibida, mas um surpreendente comparecimento. Para consolidarmos uma democracia, temos primeiro que liberar nosso cabresto que nos obriga a ser uma sombra daquilo que realmente queremos um dia ser.

Temos que ser, não aparentar. Mas para ser, é preciso passar por todo o processo de mudança. Falta dar o primeiro passo, descarrilar o nosso trem exausto, para de uma nova estaca zero começar.

sábado, 21 de abril de 2007

Porra, vó!

Lá estou eu debruçado na geladeira, literalmente dentro dela, procurando algo para beber enquanto fico no pc.

Então, deparo-me com a única coisa que sobrou do almoço em família: Pepsi light.

Tinha um Dolly Coca Diet, mas entre a bosta e a merda, eu fiquei com a bosta.

Porra, vó, como é que você me compra uma desgraçada dessa e pior, ainda por cima paga por isso? E eu ainda tenho que beber, já que ninguém bebe essa porra. ¬¬

Eu ainda vou fazer as compras do mês. Um dia. Quando eu tiver saco. E dinheiro. Ai, meus amigos, só haverá coca-cola e H2OOH.

Digam amém!

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Putz. ¬¬

- Oi.

- Oi.

- Tudo bem?

- Tudo.

- Er... Então...

- Então?

- Sabe?

- Ahn?

- É que...

- É que o quê?

- Parabéns!

- Ahn?

- Feliz aniversário!

- Ahn? O.o

- Não é o seu aniversário?

- Não!

- Não?

- Não.

- Putz.

- É.

- Desculpa, foi mal.

- Tudo bem...

Depois não sabem por que eu odeio aniversário. ¬¬

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Primeiro ensaio sobre a ética

Nas minhas diárias viagens de metrô acabou sempre por ouvir conversas perdidas.

Ontem, quando subia as escadas rolantes da estação República, ouvi um diálogo, de um casal atrás de mim, um tanto o quanto interessante.

- Meu, o Valdiram tá guardando maconha pros caras na casa dele e descolando 150 pila por mês.

- Só de guardar o bagulho?

- Só.

- Imagina se eu pego um barato desse...

- Mas ai você ia acabar queimando o filme dos seus pais se desse alguma bosta.

- É... O que vira é fazer isso morando sozinho.

- É. Com a grana do trampo, mais uns 150 conto de só esconder o bagulho pros caras a gente tava tranqüilo.

- É, guardar não é vender, não é verdade?

Entendo, eu, como ética a parte da filosofia que estuda os costumes, valores e a moral. Ética é uma palavra de origem grega, vem do termo ETHOS, que significa modo de ser.

Nosso modo de ser é norteado pelos nossos valores e costumes. Costumes são hábitos, tanto individuais como coletivos. Já nossos valores são constituídos pela repetição de nossos costumes.

Ou seja, a ética tem marcas coletivas e marcas individuais. Outra marca é que a ética não é imutável, os valores vão se alterando de acordo com época, localidade, grupo e segmento social.

Por isso, seria leviano de minha parte dizer que os interlocutores desse diálogo não possuem ética, ou ferem a ética. O que eu posso dizer é que eles ferem a minha ética.

Para mim, guardar essa droga é fazer parte do sistema de venda do tráfico, é ser uma peça da maquinaria que move essa ação criminosa que é a venda de entorpecentes.

Acontece que eles não interpretam assim e mesmo que interpretem dessa forma, para eles, se não venderem, não fizeram nada de errado. É a alteração de um valor. Não vou dizer se é boa ou má, afinal, seria exprimir juízo de valor sobre um tema que não está em debate neste texto, que é a legalização de certas drogas.

O que quero caracterizar é que a moral excede as linhas das nossas normas jurídicas, já que o porte da droga também é ilegal. Acontece que há uma alteração de nossa norma moral, ou seja, uma alteração, ou um contraste da ética dentro um segmento social que engloba a nossa sociedade.

Celeuma que tenho neste momento é: Se as pessoas estão cada vez mais dispostas a aceitarem a transgressão de nossas leis como algo habitual e normal, o quão próximos estamos da desestruturação de nosso sistema de estado de direito?

Nossas instituições perdem legitimidade, a corrupção pessoal é, cada vez mais, uma esperteza e não imoralidade. Meu temor é, que nesse trânsito da moralidade para imoralidade, o caminho que mais se torna atrativo é o da amoralidade. Aquele que puder, não feche a porta quando sair de nosso caos, há muitos por passar.

terça-feira, 10 de abril de 2007

Clodovil e a Marta

Deputado gasta R$ 200 mil na reforma de seu gabinete.
Deputados ainda colocam em pauta a extinção das sessões deliberativas às segundas.


Como se a falta do que fazer não fosse grande em Brasília, o(a) deputado(a) Clodovil Hernandes (PTC-SP), torrou R$ 200.000,00 na decoração de seu gabinete, de forma excêntrica.

Clodovil comprou uma escultura de uma cobra, a qual nomeou por MARTA. Ele jura de pés juntos que não tem a menor ligação com a atual Ministra do Turismo, Marta Suplicy.

É isso que merece ter o povo paulista. Votou mal, muito mal. Agora agüenta, seus impostos indo pelo ralo.

Enquanto isso, os folgados do planalto votam a folga na segunda. Eles não querem mais votar nas segundas-feiras. Ou seja, a gente continua pagando, só que agora eles nem ao menos fingem que trabalham.

Que lindo! Isso, meus caros, é Brasil!

500 mil votos no Clodovil, para fazer isso.

Mas como criticar quem votou no Clodovil, quando os outros me aprontam uma dessa?

O negócio é ir pra praia e esquecer.

O negócio é mandar um por um se foder, mas com todo o respeito, afinal, são digníssimos deputados.

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Saudade



Clipe de música instrumental que eu compus hoje.

Degustem com parcimônia.

Teste idiota


How evil are you?


Eu fiz, e o negócio diz que eu sou neutro, que nem sabonete da minha vó. ¬¬

Se você não tiver o que fazer, faça. Ou não. =P