terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Duelo de paradigmas

Os EUA terão na próxima eleição presidencial que se avizinha a possibilidade de realizar um ato histórico, independente da escolha de quem representará o Partido Democrata nas eleições, será uma escolha única na história do país.

Entra-se em um debate ideológico, social e arriscaria dizer inconsciente, quem é a melhor escolha para comandar a nação mais poderosa do planeta; um homem negro ou uma mulher branca?

Ambas as opções chocam-se com paradigmas. Estaria o conservador eleitor estadunidense mais preparado para ser regido por um negro? No país da Ku Klux Klan? Ou então o machismo inato na cultura protestante que é entrelaçada com a mentalidade deste mesmo eleitor teria sido superada para ver uma mulher no comando?

Caso a vitória seja Democrata nas próximas eleições, as possibilidades são intrigantes.

Caso o próximo presidente seja Barack Obama, será a primeira oportunidade que uma minoria ascenderá ao poder máximo no país, mesmo que Obama seja mestiço, tem uma representatividade muito grande. É uma nova linha de pensamento do partido Democrata, é visto como um político inovador, moderno. A vitória dele teria o mesmo peso história que a eleição de Lula no Brasil, onde a representação das classes menos favorecidas ascenderia ao poder máximo da nação.

Já Hillary Clinton representaria a primeira mulher a comandar a nação. Mais do que testa-de-ferro do esposo como acontece na Argentina, Hillary teria luz própria e seria a máxima representação da revolução feminista e a efetiva integração das mulheres ao sistema político.

De não ter direito ao voto à presidente da nação. Esta frase pode servir tanto para negros como mulheres.

Confesso ter mais simpatia por Obama, não por ser ele um homem, tampouco negro, mas sim pela antipatia que guardo por Hillary Clinton, onde creio ser apenas mais do mesmo politicamente. Gosto de mudanças e Obama parece representar mudanças políticas mais drásticas.

No plano ideológico, os dois têm a mesma representatividade. Seja lá qual for a decisão, essas eleições serão especiais.

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