Duas horas da manhã e Rafael pula nos colchões de mola, loucaço. Enquanto isso, Felipe está na banheira. Eu, com um laptop, escrevendo o último post.
Isto é apenas um pequeno retrato do que eram as noites dessa semana, enquanto enfrentávamos o cárcere-privado do trabalho bem remunerado.
Então, em outra noite, movido pela falta do que fazer, Rafael liga na recepção.
- Alo, boa noite.
- Boa noite.
- Sabe, é que acima do espelho, do lado do ar-condicionado, há uma luz verde, outra vermelha, num troço preto e também outro troço branco. Velho, que porra é essa?
- Não sei, senhor.
- É?
- É.
- Tá certo. Valeu
Desliga.
E disca outra vez.
- Oi, é da governância?
- Sim, senhor.
- Você poderia trazer 4 cocas para o 104?
- Sim, senhor.
- Tem mais uma coisa.
- Sim?
- Sabe, é que acima do espelho, do lado do ar-condicionado, há uma luz verde, outra vermelha, num troço preto e também outro troço branco. Velho, que porra é essa?
- É apenas um ponto de referência. Se acabasse a luz, o senhor teria como se locomover no quarto. Porém, são desnecessárias, pois temos um gerador próprio.
- A ta. Valeu.
Velho, esses dias vão ficar na minha memória pra sempre. Nem o Alzheimer os tirará!
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