quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Habemus Obama

Comoção generalizada. É o que todos os noticiários mostram após declararem que seu queridinho fora eleito presidente dos Estados Unidos.


O sentimento estampado nesta parcela da população que elegeu e se emocionou com Barack Obama me lembra muito a parcela que elegeu Lula. Ambos têm uma trajetória contextual muito parecida.


Ambos são populares. São líderes carismáticos, mais do que propostas, ambos carregam um simbolismo de mudanças. Mesmo que estas não sejam aplicadas, o eleitor enxerga nessas personagens históricas um ícone de transformação da realidade.

Ambos embarcam no poder após um período turbulento de seus antecessores. Lula pegou um governo FHC destroçado por crises internacionais e corrupção dos alicerces governamentais. O sentimento de frustração e insatisfação com o governo tucano possibilitou que o PT alçasse o poder. “A Esperança venceria o medo”. Principalmente o da Regina Duarte.

Obama convive com um governo Bush completamente destroçado. Guerra do Iraque, crise dos alimentos, subida do preço dos combustíveis, problemas ambientais e a crise imobiliária nos tempos de campanha. Tudo isso impulsionou o governo de George Jr. para o limbo.

Foram oito anos de medo nos Estados Unidos. O discurso antiterrorismo apavorava a população. E nestas eleições, os americanos pediram uma mudança.

Sinceramente, não acredito que essa mudança seja tão profunda. E creio que o mundo se decepcionará com Obama e os americanos poderão ter alguns de seus desejos satisfeitos. Porém, o discurso de Obama sobre mudar o mundo se restringe ao mundinho deles. Lembre-se que a Geografia deles, a capital do Brasil é Buenos Aires. Ele só sabem que Cuba é ali do lado. E duvido que isso vá mudar.