sábado, 24 de novembro de 2007

Constatação

Igor Felipe Perreira de Albuquerque, morava em Maceió, era um jovem como qualquer outro. Tinha sonhos, fazia planos, tinha sua vida, vivia sem pensar no futuro tão distante.

Porém, num momento de distração, foi abordado por um assaltante, reagiu, tentou fugir e foi baleado.

O tiro atingiu o crânio, levando-o ao falecimento instantâneo. Era um jovem de 21 anos que teve de seu corpo esvaziada a vida que o enchia por completo.

Esta notícia dificilmente terá visibilidade fora do local do acontecimento.

Em São Paulo isto seria olhado com desdém tremendo. Apenas mais um morto, após um assalto.

Coisa rotineira, morre gente todo dia, morte violenta, acidente, premeditado, culposo, doloso, doença, acaso, lugar errado, hora errada.

A maioria não é considerada merecedora de uma mísera frase no jornal. Muitos morrem, passam, se vão e nem vemos quem foi, quem era, o por que foi.

O triste é, as pessoas passam, morrem, muitas e nós nem conseguimos sentir a falta, a perda, a ida. O triste é morrer e nem ter uma lágrima caída. O triste é estar anestesiado frente a perda de uma vida.

Sem comentários: