quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Superação

Na quarta-feira, dia 31 de outubro, o São Paulo Futebol Clube se sagrou cinco vezes campeão brasileiro. Penta, na língua do torcedor comum que pouco se importa com as regras do idioma.

Um Morumbi lotado coroou a campanha de uma equipe regular, com uma defesa segura, jogadores versáteis no meio-campo, um ataque que se superou.

Mas antes do início desta partida que culminou na definição do título Tricolor, a torcida do São Paulo proporcionou um momento mágico.

“Ole, ole, ole, ole, Telê, Telê!”


Um canto em homenagem ao mestre que deu ao São Paulo seus primordiais contornos de maior importância.

Logo após, entoou-se o nome de Muricy Ramalho. O técnico foi saudado pela torcida, como de costume, mas desta vez houve esse tempero de tê-lo sido logo após cantarem o nome do Mestre.

Muricy Ramalho começa a escrever seu nome na história do São Paulo, com um Bi-campeonato Brasileiro. O técnico sabe que no ano que vem sofrerá uma cobrança muito grande, sabe que o torcedor esperará no mínimo a disputa do título da Libertadores. “O torcedor do São Paulo é exigente” diz o técnico.

Muricy se superou. Assumiu o São Paulo, pela primeira vez, por causa dos problemas de saúde de Telê Santana, mas – segundo o próprio Muricy – não estava pronto para isto.

Muricy rodou o mundo, treinou uma série de clubes brasileiros – Internacional, Náutico, São Caetano, Portuguesa Santista –, e só voltou ao São Paulo quando se achava apto para voltar a sua terra e ser vencedor.

Esse título, mais que coroar um clube organizado no meio de amadores, coroa um profissional que se doa de corpo e alma em sua profissão. Alguém que se focou em estar onde está.

Então, nesta noite de comemoração, meu parabéns, antes de qualquer outro, vai para este cidadão de sobrenome Ramalho.



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