segunda-feira, 7 de agosto de 2006

Acordar.

Eu sou melodramático. Quem me conhece um pouco mais sabe disso, sabe que eu sei, sabe que eu finjo não saber, e não fala nada por polidez. Ao menos na minha frente.

Eu tenho meu lado romântico, um romântico inveterado, que deixa o coração bater mais forte sob o resto de perfume, que veio tocar minhas narinas, carregado pela morta brisa de outono.

Eu sei de metade das falácias que levantam sobre a minha pessoa. Tenho fixo em minha mente as frontes daqueles que me difamam, e isso dói, pois por algum motivo que Deus sabe, eu chego a ter carinho por grande parte desses.

Não que eu seja bom, um santo. Eu já gostava dessas pessoas antes disso, mas como velha sina, esses seres não tiram por mim o mesmo carinho. Paciência!

Vezes, sinto-me sem um suporte emocional. Não sou muito de me abrir, mas sempre tive alguém com quem desabafar. Bem, hoje no âmbito da minha esquizofrenia, entoquei-me. Se não tenho como lutar, como buscar, como tentar ter, então me escondo.

Há pouco, eu quase amei. Quase. Mas levei patadas, e isso é perfeito pra você pegar mágoa e desconsiderar a pessoa. Não conheço alguém que goste de ser desprezado, e eu não sou diferente. Não gosto de ter minha amizade desprezada. Eu dou carinho às pessoas, mas o que posso fazer se elas não querem recebê-lo? Entristecer-me.

Hoje tento enterrar uma mágoa que me persegue todas ás vezes que eu olho aquela foto. Não que eu pegue a foto e fique olhando e me revirando, pelo contrário, não mecho. Mas há algo chamado orkut que me atormenta. É. Toda vez que ela entra lá é uma tortura. Eu tento não olhar, fecho a página. Depois abro, e olho. Só para acuar de vez, e deixar sangrar. Eu tenho essa mania idiota.

Quer saber? Eu desisto, vou deixar pra lá. Vou seguir minha vida, vou deixar o vento tocar o barco. Deixa ser o que será. Fique-me tudo aquilo que já não me foi passado, deixa a ventura chegar!

Seguirei a espera de um amor, suportando a dor de estar só. Apenas aberto a quem quiser ser feliz. O resto? O resto eu cansei de amar. Deixa vagar só quem não quer junto caminhar.

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